5 de outubro de 2007

trampolim

Semana passada fui com o meu sobrinho na pracinha que fica ao lado da casa dele e na frente da minha. Theo logo tirou os chinelos e sentiu a areia fazer cócegas na sola dos pés. Depois encontrou dois gravetos: uma espada para combater o monstro invisível e um lápis. Primeiro lutou contra o monstro. Em seguida, calmamente escreveu seu nome na terra e rabiscou uma amarelinha trêmula por onde passaram alguns sacis.
Naquela hora do lusco-fusco, em que o céu acende seu azul mais profundo, fizemos a contagem regressiva e Theo foi arremessado para o espaço num balanço-nave. Fez paradas em Júpiter e Marte. Sugeri Saturno, por causa da sabedoria desse planeta ligado às estruturas: “Se você tem fome, plante um pomar”. Theo preferiu seguir viagem.
Resolvemos subir até a minha torre de comando espacial, onde fizemos retratos de "bichos que não existem, mas que têm nomes": “O incrível coelho submarino”, “O pássaro que engoliu as asas” e o “Croco-íris”. O pássaro tem três olhos e um par de tênis, o coelho submarino enxerga com as orelhas o que se passa fora da água e o croco-íris cria uma ponte até o céu quando chove e faz sol, para seus filhotes de crocodilo pularem nas nuvens. A brincadeira com o Theo é que nem gangorra ou trampolim. Nos vôos tocamos o céu, mas partimos quase sempre das coisas concretas em torno da gente. Puro presente.

3 comentários:

Toinho Castro disse...

luiza... adorei esse trampolim!
olha só!

beijo!

ps. não pude ir... estive sem internet e só vi hoje seu email. além do mais trabalhei o sábado inteiro!

Anônimo disse...

“O incrível coelho submarino”!!!! Sen-sa-cio-nal!!!!!!

marília disse...

ai que saudade de rir com você.
marília